Terapia intravenosa: implicações para a equipe de enfermagem
- enfermagememumminuto
- 17 de jul. de 2015
- 5 min de leitura

No dia a dia da enfermagem, a prática da terapia intravenosa é uma constante. A administração de medicamentos e de outras soluções parenterais se constitui uma das maiores responsabilidades da equipe de enfermagem, o que ressalta a importância de que este seja um procedimento seguro tanto para cliente quanto para o profissional de saúde. “A equipe de enfermagem envolvida na administração da SP é formada pelo enfermeiro, técnico e ou auxiliar de enfermagem, tendo cada profissional suas atribuições específicas em conformidade com a legislação vigente” (RDC nº 45, de 12 de março de 2013). O enfermeiro, além de ser responsável pela administração das soluções parenterais, é também o profissional que realiza o planejamento da assistência de enfermagem e a prescrição dos cuidados a serem oferecidos para os pacientes. Também, deve orientar a família e o paciente quanto à finalidade da terapia intravenosa, as vias de administração e também as principais reações possíveis durante o procedimento e infusão das substâncias. De acordo com a RDC nº 45, de 12 de março de 2013, “O enfermeiro é o responsável pela administração das SP e prescrição dos cuidados de enfermagem em âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar e deve regularmente desenvolver, rever e atualizar os procedimentos escritos relativos aos cuidados com o paciente sob sua responsabilidade”. Além disso, o enfermeiro é o responsável por assegurar que todas as informações relacionadas ao paciente e à terapêutica adotada sejam registradas de maneira adequada, de modo a permitir uma melhor avaliação da evolução do quadro clínico do paciente e dos resultados obtidos com o tratamento. “É da responsabilidade do enfermeiro assegurar que todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e seu tratamento sejam registrados de forma correta, garantindo a disponibilidade de informações necessárias à avaliação do paciente, eficácia do tratamento e rastreamento em caso de eventos adversos” (RDC nº 45, de 12 de março de 2013). Como pode ser observado, a enfermagem possui atribuições importantes no que diz respeito à terapia intravenosa, afinal “é responsabilidade do enfermeiro estabelecer o acesso venoso periférico, incluindo o Cateter Central de Inserção Periférica (PICC)” (RDC nº 45, de 12 de março de 2013). Nesse sentido, o profissional de enfermagem deve possuir o comprometimento com a qualidade da assistência de enfermagem na administração das soluções parenterais. “O resultado do procedimento de punção venosa periférica, sucesso ou insucesso, é um indicador da qualidade da assistência, pois é sustentado por um padrão de prática de enfermagem” (PARECER COREN SP CAT Nº 020/2010). Para assegurar uma boa terapia intravenosa, faz-se necessário que os profissionais de enfermagem tenham o conhecimento aprimorado da anatomia e fisiologia da rede venosa e do sistema circulatório. Conhecer a localização anatômica da rede venosa irá contribuir significativamente para o sucesso dos procedimentos de punção venosa, aumentando a segurança do profissional e do paciente, bem como também a eficácia do tratamento. Também, conhecer a fisiologia da rede venosa e compreender as principais reações da pele quando expostas a situações de calor, frio e estresse traz ao profissional uma melhor compreensão das interferências desses fatores à terapia intravenosa.“A punção venosa periférica se destaca como um dos passos deste processo, requer habilidade técnica e conhecimento científico da equipe de enfermagem pra sua realização a contento”(PARECER COREN SP CAT Nº 020/2010).A Resolução COFEN 311/2007 em seu Art. 30 afirma que é proibido ao enfermeiro “administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos”. Logo, percebe-se que o profissional de enfermagem precisa de conhecimentos farmacológicos quando à finalidade das drogas, seu mecanismo de ação e principais efeitos adversos para uma administração segura dos fármacos.Outra recomendação importante para o sucesso da terapia intravenosa é que o enfermeiro tenha conhecimento quanto às vantagens e desvantagens da terapia e aos principais dispositivos de acesso venoso periférico e central disponível no mercado.
O profissional de enfermagem deve saber as características dos materiais, vantagens e desvantagens e, sobretudo a indicação e os cuidados de enfermagem no uso dos cateteres vasculares.A depender da indicação, do tipo de dispositivos a serem utilizados, técnicas de inserção e frequência de manipulação, duração do tratamento e o consequente tempo de uso do material, são necessários cuidados específicos quanto à frequência de troca de curativos e de estabilização dos cateteres no paciente. Essas questões jamais devem deixar de ser consideradas, para evitar complicações iatrogênicas. São complicações comuns da terapia intravenosa: flebite, hematomas, infiltração, extravasamento e oclusão (XAVIER; OLIVEIRA; ARAÚJO, 2011; PERRY; POTTER, 2012).Além dos riscos conferidos ao paciente, outro elemento fundamental para o enfermeiro é o conhecimento acerca das recomendações da NR-32, quanto à utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que conferem segurança aos profissionais de saúde envolvidos na assistência direta aos pacientes. “Cuidados básicos com agulhas e material perfurocortante são fundamentais para evitar acidentes com esses instrumentos, potencialmente capazes de transmitir mais de 20 tipos de patógenos diferentes mediante sangue infectado” (SBI, 2006).Como você deve ter percebido, a terapia intravenosa requer dos profissionais de enfermagem responsabilidade e conhecimentos técnico-científicos para o sucesso da administração das soluções parenterais.
A partir do texto, é possível compreender os principais aspectos que devem ser compreendidos pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, bem como por todos os membros da equipe de saúde envolvidos no cuidado do paciente.Dessa forma, lembre-se que o sucesso do seu trabalho depende de sua dedicação e busca constante pela atualização, aprimoramento e capacitação profissional. O conhecimento está em conste mudança. Nesse sentido, que você possa refletir sobre suas práticas no dia a dia do serviço de saúde e esteja sempre atento às formas de melhorar a qualidade do seu trabalho e da assistência aos seus pacientes.
REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC n.º 45, de 12 de março de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/e8e87900474597449fc2df3fbc4c6735/RDC+N.%C2%BA+45,+DE+12+DE+MAR%C3%87O+DE+2003.pdf?MOD=AJPERES COFEN − Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 311/2007. Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Disponível em: http://corensp.org.br/072005/ COREN – Conselho Regional de Enfermagem. Parecer COREN SP CAT nº 020/2010. Terapia intravenosa. Disponível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_20.pdf PERRY, A.G.; POTTER, P.A. Guia completo de procedimentos e competências de enfermagem. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012, 640 p. SBI. Riscos biológicos e segurança dos profissionais de saúde. Boletim de atualização da Sociedade Brasileira de Infectologia – ano I – nº 2 – jan/fev/mar, 2006. XAVIER, P.B.; OLIVEIRA, R.C.; ARAÚJO, R.S. Punção venosa periférica: complicações locais em pacientes assistidos em um hospital universitário. Rev enferm UFPE on line, v. 5, n. 1, jan./fev, 2011. Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/59377/terapia-intravenosa-implicacoes-para-a-equipe-de-enfermagem#!3#ixzz3g9QycoZq
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/59377/terapia-intravenosa-implicacoes-para-a-equipe-de-enfermagem#!2#ixzz3g9Qt3uwl Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/59377/terapia-intravenosa-implicacoes-para-a-equipe-de-enfermagem#ixzz3g9QojPov
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